sexta-feira, 12 de junho de 2015

IV ENCONTRO PARA COORDENADORES PEDAGÓGICOS









PAUTA

Acolhida ( sessão de fotos)
Dinâmica: O Pião
Pé de Imaginação
Diagnóstico de Matemática
Leitura do texto: O que dizem os cadernos dos alunos
Momento : “Experiências de Coordenador”
Orientações: Níveis de proficiência, ficha de intervenção Pedagógica ( prof/ formador), ficha de matemática
Avaliação do 1º semestre com roteiro ( Desenvolver uma Carta ou Poesia)
























O que dizem os cadernos dos alunos
Anotações dos alunos revelam a maneira como o professor ensina e dão pistas para escolher os temas da formação continuada
Verônica Fraidenraich (gestaoescolar@fvc.org.br)
Para ajudar o docente a melhorar a prática profissional, o coordenador pedagógico conta com ferramentas importantes - como os planos de aula elaborados pelo professor, os resultados das provas e a observação da atuação em sala de aula. Mas há outro recurso muito útil para orientá-lo no planejamento dos encontros de formação para a equipe: os cadernos dos alunos.

A argentina Adriana Díaz, no livro Enseñar Matemática en la Escuela Primaria, explica que, para o estudante, o caderno é o lugar no qual ele guarda os registros do que e como aprendeu. "É onde escreve a história de sua aprendizagem", acrescenta. Sendo assim, as atividades anotadas nas folhas de papel revelam a relação entre o aprendizado da criança e a condição de ensino oferecida pelo professor.

"Se a turma tirou nota ruim em ortografia, por meio do caderno é possível observar como o assunto foi discutido na sala de aula e, assim, orientar o professor em seu planejamento", explica Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR. O coordenador deve deixar claro que não se trata de exercer uma fiscalização, mas observar de que forma os conteúdos são trabalhados, que tipo de anotação as crianças fazem e como o educador realiza as correções para, com base nisso, saber o que é preciso discutir nas reuniões de formação continuada.

A coordenadora pedagógica Fabiana Bargieri, da Escola Projeto Vida, em São Paulo, diz que os cadernos ajudam a detectar, por exemplo, se o professor não perdeu o foco de um conteúdo: "Se a aula era sobre as nações indígenas e eu vejo no registro das crianças anotações sobre as casas dos índios, os rituais e as plantas medicinais, tudo no mesmo dia, chamo o docente para uma reunião, peço que reflita sobre o uso do tempo didático e questiono se o aluno teve tempo de registrar tantas informações."

Esse tipo de observação se torna mais eficaz quando é feita com certa periodicidade e com a comparação de dois ou três cadernos, sempre de estudantes com diferentes níveis de conhecimento da mesma turma (leia outras dicas no quadro abaixo). Note se existem análises e reflexões dos alunos usando palavras próprias. Em caso positivo, isso significa que o professor está explorando os conhecimentos prévios no processo de ensino).
Exemplo 1 : Continuidade do estudo/ Ortografia

São Paulo, 2 de março de 2010.

Pesquise em revistas 4 palavras com M no meio da palavra e 4 com N no meio da palavra. Cole-as no espaço abaixo.


São Paulo, 3 de março de 2010.
Registro das descobertas
Hoje nós olhamos a lista das palavras escritas com M e N no final da sílaba. Descobrimos que o M vem sempre antes do P e do B e que o N vem antes de todas as outras consoantes.

- Observar
Se existe uma progressão nos desafios propostos, permitindo que o aluno use o que aprendeu anteriormente para resolver problemas mais complexos.
- Quando não tem Os conteúdos são trabalhados de forma fragmentada e não há variação no grau de dificuldade nos exercícios.
Exemplo 2: Respostas comentadas/ Uso dos porquês

Aluno 1

Algumas descobertas
Descobrimos em nossa pesquisa como usar o "porquê". Usamos "porquê" junto em resposta e explicações. Usamos o "por que" separado em perguntas. Quando aparece o acento circunflexo (^) no porque ele está no fim da frase. Alguns exemplos: Por que os animais estão sendo extintos? Porque o homem não está cuidando bem do planeta!


Aluno 2

Descobertas para o uso do porquê 
Compartilhando as frases sobre o uso dos PORQUÊS, descobrimos que: - escrevemos por que no início de frases quando fazemos uma pergunta. Usamos porque nas frases em que nós explicamos alguma coisa.


- Observar A presença de comentários dos alunos com linguagem e conhecimento próprios - sinal de que o professor incentiva e valoriza a reflexão e a autonomia.
- Quando não tem Os alunos podem estar sendo levados a anotar apenas a fala do professor ou as anotações que ele faz no quadro.

 O uso de diferentes estratégias para resolver uma mesma operação matemática, por exemplo, indica que houve espaço para a turma pensar, valorizando assim o cálculo mental.

Os cadernos também revelam se há propostas diferenciadas que abranjam a diversidade de saberes dos alunos - essencial para que todos possam estabelecer uma relação com o que está sendo ensinado e consigam, assim, avançar, cada um no seu ritmo.

Outra questão importante é avaliar se as anotações são de autoria própria ou simples cópias do quadro-negro ou dos livros didáticos disponíveis. "É essencial que o estudante faça registros com base nas conclusões que ele tira, depois de um processo de pesquisa e discussão, de forma a construir um conhecimento que tenha sentido para ele", afirma Priscila Monteiro, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

As produções das crianças não podem ser adulteradas. Os erros devem permanecer, fazendo com que o conhecimento seja visto como um processo e não como um produto do que foi escrito no quadro. As correções feitas pelo professor também pedem atenção: ao dar a devolutiva por escrito aos alunos, não basta colocar o sinal de certo ou errado, um "parabéns" ou "precisa melhorar". Para que todos avancem, é preciso explicar o que está errado e por quê, levando-os assim a refletir sobre como raciocinaram ao fazer a proposta. Também é possível avaliar se há continuidade entre as atividades e as sequências didáticas e se elas oferecem um desafio crescente. "A intenção é que os conhecimentos construídos anteriormente sirvam para resolver os problemas seguintes", afirma Priscila Monteiro.
Dicas na observação:

- Examine entre dois e quatro cadernos diferentes por vez. 

- Escolha registros de alunos com diferentes níveis de conhecimento de uma mesma turma. 

- Para definir o que pode se tornar conteúdo de formação da equipe, anote os problemas que aparecem com mais regularidade e os que são comuns a mais de um docente.

- Feita a análise, apresente ao grupo as práticas que mais chamaram a atenção e pedem uma revisão e avise que elas serão trabalhadas nos próximos encontros pedagógicos.

- Se um professor tem uma dificuldade específica, trabalhe o tema em reuniões individuais.

NÍVEIS PROFICIÊNCIA

DIAGNÓSTICOS 3° AO 5° ANO DE MATEMÁTICA

DIAGNOSTICO



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